O HOMEM, QUASE NADA!
Crianças nuas sem teto
Carros felizes em desdém
Brincam próximo ali perto
Desfazem dos que não tem
Noite de natal para quem tem
Uma ceia e destino incerto
Quem não tem nada diz amém
Deus julga o certo e o correto
Será que o andarilho amanhece?...
A ceia está pronta aos convidados
Será que o aniversariante aparece?
Ou exigirá um pobre como enviado!
E se bateres na sua porta como será?
Fechará como fez com tantos outros?
Hoje é Natal, fartura na mesa terá!
Despachará antes tal um qual potro?
Ouve-se um foguetório sem fim
E o ‘bambino’ continua a chorar
Ele nasceu! Pensa o Messias: é pra Mim!
E o homem festeja sem saber o festejar!