Furacão

Não tenho por habito achar pessoas bonitas ou feias por aparência.

Para mim, a mente é que vale.

E vale muito.

O que sentir quando a pessoa é inodora, transparente,

mas não insípida para os seus sentidos mais apurados?

O que fazer quando o silencio da mente instiga mais do que questões filosóficas?

Avalanches de perguntas não respondidas trazem tempestades curiosas.

Curiosidade

De ser arremessada no vácuo do ser.

No vácuo do estar....

E eu fico no olho do furacão, com vertigem e adorando a sensação de ser controlada.

Adorando estar agarrada a fios finos de pensamentos.

Confortada no macio de uma voz que mal ouço

Mas que ecoa profundamente na duvida enraizada do coração.

Duvida de um furacão...

Vontade de se render a forças desconhecidas

De mergulhar na luz

Ou na ausência dela

Para conhecer cada átomo que este ser conhece

Tudo isso por habito

De não querer ver as pessoas como os outros as vêem.

Nisa

1/12/2009