Amores relegados...

Teus pecados te punem...

A alma clama envolta em solidão.

Faz festa em ti o medo... Do não...

E a ti, indiferenças se unem...

Transbordaram-se os cálices de magia

Fundiram-se as lágrimas dos embriões

Dos amores mortos em mil corações

Cravados pelo punhal da fantasia...

Bocas cerzidas... Escravizadas

Pela silenciosa e sepulcral dor

De ver em terra e cal, posto o amor,

A ferro, de suas almas, esvaziadas.

Colherás no teu jardim as murchas flores

Que se jogaram ao chão... Sedentas...

E daí... Dessa varanda onde sentas

Verá surgir estrelas... E nelas... O inalcançável brilho...

Dos seus amores....