Palavras armas, escudos
Insisto sim, em defender tudo com palavras,
como se fossem armas, atinjo, firo,
como se fossem escudos, me recolho, protejo-me.
Sei lá o que seriam? Adagas, espadas,
armaduras, canhões, catapultas...
Sei que tento da forma mais culta,
lutar, recuar, e em discursos vencer guerras.
E hora ou outra, quiçá, eu erre (quem não erra?)
que eu não cause ferimentos a outrem vãos, inoportunos,
e que jamais eu atire em meu próprio pé.