ODE AO MARTELO DE THOR

O martelo martela a tampa:

Presencio --- na rua ou em casa, no anonimato da distância ---

O fluxo e o refluxo

Da hemorragia e restauração da esperança.

O martelo martela o prego:

Contínuas espirais ferinas

Quais disseminam a ruína

Banalizam e replicam

As células prolíficas do flagelo.

O martelo martela o povo-barco:

Como se fosse rêmige náufrago,

A paz vira vegetativa presidiária

Do arquipélago de ilhas,

Governado por magos

Que criam sofismas velhacos.

O martelo martela a fortaleza da farsa:

A anemia falciforme se alastra,

Mas o adormecido vulcão das contestadoras fricções

Acorda e mostra o todo-poderoso estadão

Do seu indômito magma!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 17/12/2009
Código do texto: T1982520
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