Clamor
Clamo por paz, pela igualdade social,
Será que ninguém percebe o caos instalado?
Faço do muro o meu cartaz,
Escrevo com as letras da indignação.
Faço das palavras a minha trincheira,
Não podemos aceitar a repressão.
A criminalidade e o consumo de drogas continuam crescendo,
Junto com a competição e a falta de oportunidades.
Prego o fim do preconceito,
De qualquer natureza, afinal somos diferentes.
Só que ninguém vale mais, nunca valeu,
Clamo por justiça, por uma melhor política social.
Credito valor a quem tem,
Pena que valores signifiquem cifras no mundo capital.
Aliás, o consumismo é desenfreado, sem sentido até,
Prego o desapego como filosofia de vida.
Clamo pela preservação do meio ambiente,
Espero que a luz do fim do túnel não se apague.
Que a energia que me sustenta não termine,
Espero que eu ainda possa falar de amor.