Vocação pela cognição
Vislumbrei livros de figuras muito bonitas,
E certas vezes eu dizia: Tia, me explica.
Ela replica: Este livro é muito adiantado pra você.
Eu ainda continuava sem entender,
Será que, na verdade, ela a tia algo a me esconder?
À noções de moralidade fui exposto,
Algumas me causaram desgosto,
Mas eu era um moleque inocente,
Não tinha cabedal de pessoas experientes.
Que razão tinha eu? não sabia o que é bom ou ruim,
O que as pessoas diziam que era bom fazia mal a mim,
Em forma de desconforto, me deixava absorto,
Ainda sem informação suficiente para um pensamento consciente.
Inquietado pela mediocridade de conhecimento
A alternativa foi conhecer outras formas de pensamento.
Não aqui, entre crianças mimadas, tolas como eu,
Minha mente ficaria estagnada, querendo ser alguém que já cresceu.
Buscava idéias que me aprouvessem com sabedoria,
Onde eu encontrasse o pragmatismo sobrepujar a teoria,
Que me permitisse amadurecer além dos pensadores populares,
Sem me sentir afrontado quando questionado,
Para que não seja interrompido o exercício de costumes seculares.