Alerta
Não se esqueça minha senhora: é preciso dar para receber!
O tipo de economia que lhe apraz,
Só vai lhe levar para trás.
Será que é tão difícil assim perceber
Que o seu reinado, defendido tão convulsivamente,
Quanto precariamente,
Pela sua confusão emocional,
É apenas um exercício de conveniência,
Disfarçado de teatral?
O seu comportamento flerta com a demência.
A senhora não consegue perceber quando sobra...
Já passou da hora de faxinar as suas dobras...
Lembre-se: tem-se de volta o que se lança.
Está ligeiramente descompensada sua balança.
A ilusão em que vive,
Feita de sombras, é muito triste.
E o pior é que a senhora não se toca,
Do mal estar que provoca,
Quando invade um ambiente,
Com seu sorriso entre dentes...
De seu casamento, só sobrou a carcaça,
Que a senhora corrói e embaça,
Impondo a sua presença de forma militar,
Impedindo o seu “amado” de respirar...
A sua insegurança é algo tão doentio,
Que lhe faz constantemente, perder o brio.
A sua inconsistente agressividade,
Rima perfeitamente com calamidade.
Que coisa feia,
O veneno da sua teia...
Bastava à senhora, deixar-se amadurecer,
Para conseguir entender
Que a vida não é como imaginou...
Que o seu barquinho de papel naufragou...
Que não basta apenas querer...
É preciso ser
Para merecer
E florescer...
Seus ideais absurdamente materialistas,
Não podem se enquadrar como conquistas...
O seu ego desmedido
Nublou-lhe completamente a visão.
Furtou-lhe o sentido.
Afastou-lhe da razão.
Contaminou sua cria,
Que perambula à sua frente,
Completamente perdida,
Numa coreografia incoerente...
O seu marido vegeta
E a senhora ainda não percebeu o alerta!
Não precisava ser assim.
Temo pelo seu fim...