PONTO FINAL
Ponto final!
Apertei a ultima tecla
Vou fechar a máquina datilográfica
Já não há mais personagem para criar
Nem loucas estórias a se contar
Levo comigo da mesa um cigarro
O copo já vazio deixo por lá mesmo... O gelo derreteu
Fecho as janelas uma vez mais
Com a certeza que não verei cair às chuvas dos próximos
Temporais
Meu tinteiro com o tempo secará
Sei que jornais e cartas irão à soleira acumular
Mas a vida é assim...
Repleta de retalhos e tragédias sem fim
Vou calar as mãos
Guardá-las no velho bolso
Se já chorei e sorri... Agora tanto faz!
Deixarei somente um recado ao leiteiro
“fui! Eu agora quero paz”