SANGRIA
Quero ver
Desta sangria
Jorrar meu sangue.
Ainda que tardia
Abrir a cicatriz desta ferida.
Viajante desta nau
Comprometida.
Nesta bola de gás
Por toda vida,
Respirando a acidez do céu
E, bebendo água poluída.
Ouvindo o som
Do coração destas palavras
E a dor desta enferma poesia.
É desta forma
Que completo um ciclo
E deste modo, que termino um drama.
Álvaro Francisco Frazão