Memória
Que fértil memória!
Faz tanto tempo e ainda lembra a história;
Poderia tê-la esquecido num momento,
E seria menor o tormento!
Por que lembrar o passado,
Se estava errado?
Sua teima e pertinaz,
Não compreendo:
Será que lhe praz
Viver morrendo?
Se o passado lhe é presente tão querido,
Passe a viver de sonhos,
Dos sonhos enrustidos!
Sem mais nada a dizer, é o que lhe proponho!