Teto

Ergo minhas mãos

Mais não alcança o teto que está sobre a minha cabeça

Milhares de figuras lembranças rudes e duras

E as misérias escritas nas paredes só acabam com as esperanças

Com as metáforas rimadas de um velho coração que aclama

Destino riscado pelo traço

A borracha não pode acabar aquilo que foi feito

Pessoas são canibais não corrigem erros

Gastam fortuna engolem dinheiro

O mundo não é um lixeiro

Teto que me impede de subir

Onde o chão derrete velas e jasmim

Eu piso com cuidado e mesmo assim

Se desabar e eu cair quem tem dó de mim?

Meus olhos só enxergam quando há luz sobre a multidão

Indiferença sobre a maldade dos cristãos

Um sonho de um labirinto que não serve em vão

A existência de um povo sofrido e caboclo

Sobre a terra e os mares afoitos

Destrua o teto e o que prende as pessoas

Coincidência atola os sentimentos

Criação do estado não é só ordinário

Sobre o teto que envolve as atitudes prometidas

Eu não sei mais o que dizer

A insegurança dá prazer

O mundo chora e inflama

Sem o teto agente crê

No estado que pode até se

Mais o mundo só acaba quando de fato morrer.

Dekatria
Enviado por Dekatria em 28/11/2009
Código do texto: T1948705