Amadurecimento

A graça da Plenitude,

um dia eu também a tive.

Foi tremendo, foi ligeiro...

E o sorriso transbordava.

Mas, porem, nunca faceiro,

mentiroso ou em declive.

Hoje o bardo sabe ver

esta vida com minúcia:

São canteiros, obras raras,

as estrelas, sol e flores,

mar e vento, mil odores...

Porque tem em si astúcia.

Ante o Tempo, ninguém vence!

Sobra um tanto de esperança...

E ao olhar para o passado

vejo: foi-se a Plenitude,

a candura de virtude...

Quis pegar, porem não pude!

E eu deixei de ser criança.

06/11/09 14h43

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 22/11/2009
Reeditado em 27/04/2012
Código do texto: T1938135
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