Querido inimigo

Barba feita, malas desfeitas, perigos à espreita,

E dane-se a tristeza, bemvinda minha solidão.

Cansei de fugir dessa agonia.

Quer saber? Que venha, eu encaro-te agora!

Vamos ver quem aguenta.

Aposto minha vida, cansei de covardia.

Nada tenho a perder, a não ser o medo,

E melhor perder o meu pulsar à cedê-lo.

Me esconder nos cantos, nunca mais.

Controlar as vontades, os vícios e as virtudes.

A vida, meu querido inimigo, é curta demais!

Pulei no chuveiro, baguncei o cabelo,

Sai desvairado e abusado

Sem olhar pra baixo e pros lados,

Só importava olhar o céu e falar “obrigado”

Sem me preocupar se alguém aqui embaixo

Ou lá emcima me ouvia

E se o Sol voltar nascer pra me acordar

Eu voltarei a agradecer nesse novo dia.

Wyllian Neo Dalla Valle
Enviado por Wyllian Neo Dalla Valle em 20/11/2009
Código do texto: T1933596
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