Voz
Eu sempre quero o que não possuo
Mais difícil é não ter o sentimento
Tantas vezes inquieta me mantive
Sobrevivendo a inúmeros blecautes
Suscitei um discurso
Sem voz com as garras arranhando minha garganta
Suspirando pela dor que me movia
Sentindo a dor que a mim se perdia
Orando pelos acontecimentos
Não querendo dor nem sofrimento
Mais esquecendo
Movimentando minhas mãos
Eu andando sem mesmo haver chão
Onde está a voz e tudo que a mim existia
Sou uma mera pessoa
Sem voz nem impressão
Tenho sentimentos que se perderam pelo chão.