O CORPO E A POESIA ***^***

// O CORPO E A POESIA

Abri as portas dos meus sonhos.

Eles tinham que alçar vôo.

Não perdi nada, só ganhei experiência.

Senti o bom senso percorrer minhas veias.

E o sangue quente fervia dentro de mim.

Fiquei vermelha, roxa, talvez não sei...

Nem me vi, não tinha espelho.

Mas deixei que pulassem de mim palavras.

No qual saíram uma após outras.

Eram tantas que saíram pelos poros também.

Então eu vi que suava...

Fiquei murcha, murcha em pensamentos.

Perdi o rumo das sílabas e das estrofes.

Não mais recitava, no entanto, me contorcia.

Na intenção de me livrar das roupas, pois calor fazia,

meu sangue fervia.

Meu corpo suava, minhas palavras saiam. E eu,

já não mais pensava.

Deitei-me no chão.

Fechei os olhos e voltei a sonhar.

Sonhei que era grande, imenso meu coração.

E que nele cabia todas as letrinhas.

juntas e separadas, uma a uma.

Fui formando fases, estrofes, versos e canções.

Me enchi de esperança de voltar a escrever,

com emoção pura e sincera.

Escrever por obrigação acaba.

Por amor é infinito o sentimento e as palavras

Jamais morrem,

mesmo que o corpo padeça.

Lee Nunes
Enviado por Lee Nunes em 19/11/2009
Reeditado em 31/05/2012
Código do texto: T1931866
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