A Solidão que quem escreve, porque sem a escrita a Alma não respira…

Já passaram mil anos

Desde as minhas primeiras palavras

Desde as prosas iniciais

E os poemas

De quem escrevia

Pois sentia uma força

Que desconhecia

E nó na escrita

O meu espírito iniciático

Exultava…

Nesses tempos remotos

Não tinha mais nada

Do que essa escrita

Do que essas palavras

Mas não me importava

Por essa solidão

Porque finalmente

Respirava…

Hoje

Tenho um mundo de interesses

De amores

De amizades

De coisas belas

Que me irão acompanhar

Pela Eternidade

O tempo para a escrita

Deixou de ser aleatório

Passou a ter hora marcada

E logo numa altura

Em que tenho mais ideias

No entanto

A escrita

Passou de mera panaceia

Para uma verdadeira cura

Tenho gente que me ama

Nos escritos

Tenho gente que me estima

Nas palavras

Conhecendo-me ou não pessoalmente

Tenho gente que tem fé

Em Mim

E que em mim

Acredita

Mas no entanto

Nunca me senti tão só…

A Solidão que quem escreve, porque sem a escrita a Alma não respira…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 15/11/2009
Código do texto: T1925418
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.