A Solidão que quem escreve, porque sem a escrita a Alma não respira…
Já passaram mil anos
Desde as minhas primeiras palavras
Desde as prosas iniciais
E os poemas
De quem escrevia
Pois sentia uma força
Que desconhecia
E nó na escrita
O meu espírito iniciático
Exultava…
Nesses tempos remotos
Não tinha mais nada
Do que essa escrita
Do que essas palavras
Mas não me importava
Por essa solidão
Porque finalmente
Respirava…
Hoje
Tenho um mundo de interesses
De amores
De amizades
De coisas belas
Que me irão acompanhar
Pela Eternidade
O tempo para a escrita
Deixou de ser aleatório
Passou a ter hora marcada
E logo numa altura
Em que tenho mais ideias
No entanto
A escrita
Passou de mera panaceia
Para uma verdadeira cura
Tenho gente que me ama
Nos escritos
Tenho gente que me estima
Nas palavras
Conhecendo-me ou não pessoalmente
Tenho gente que tem fé
Em Mim
E que em mim
Acredita
Mas no entanto
Nunca me senti tão só…
A Solidão que quem escreve, porque sem a escrita a Alma não respira…