Estou aprendendo, a só comigo, ser exigente.
É só de mim, que posso cobrar...
É, em mim, que tenho que apostar.

Sou eu que decido meus passos.
Sou eu que teço meus laços.
Sou o dono do meu mundo!

Mas, só do meu mundo...
Nada posso impor a alguém.
Vou mais além:

Ninguém tem obrigação, sequer, de me ouvir,
Quanto mais, de me seguir...

A minha crença,
Ou indiferença,
É só minha!
A outro pode parecer
O fim da linha!
Demorei muito, para esse dado, entender.
Com certeza, isso muito alimentou o meu sofrer,
Posto que sempre quis ajudar o alheio crescer.

Vem do menino, o complexo de super-herói,
Que ainda me corrói.
Desde criança, quis mudar o mundo.
Esse sulco é bem profundo.
Para tanto, persegui muitas religiões,
Colecionei decepções,
Falsas concepções,
Precárias construções...

Sempre me importei com o outro,
Com a tristeza no rosto...
A alguns, ajudei,
A outros, atrapalhei...

Agora, nas cercanias da maturidade,
Flertando com a tranquilidade,
Percebo o quanto foi longe, minha fantasia!
Difícil para outra pessoa aceitar,
Ou, pior ainda, assimilar
Essa utopia.

Também não há como, para mim, retroceder ou voltar...
O jeito é continuar
Caminhando.
Em todos os tempos conjugando
O verbo respeitar...
Para ser respeitado
E continuar... alucinado!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 14/11/2009
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T1923278