Perda de tempo

Quero escrever ainda

Enquanto a perda de tempo não me alcança

Como a geada e a neve cobrindo os telhados

Não sou tolo apenas errado

Diz ter caído em uma falsa pista

Somos errados por dar nossos braços

Pra serem cortados piores que escravos

Temos dois braços fortes

Com apenas um estaríamos distantes

Distante da verdade

O horizonte fica preto quando estamos perto da morte

Somos julgados com indiretas

Uma passagem uma batida de régua

As rimas sem nexo parecem até um tiro reto

Acertando o meu coração

E o gemido imposto sentido pelo vento

Uma dor cruzada sem dó nem sofrimento

Não enxergo nem mesmo olho

Pra que olhar se só vejo mortos

Sem tempo ficamos quando morremos.

Dekatria
Enviado por Dekatria em 12/11/2009
Código do texto: T1920408