ESCRAVO DO QUE SOU

Perde seu tempo quem tenta me impor um sistema restritivo

Entendo que existir é mais do que estar vivo, dou asas à minha fé

Meu mundo vai além do que ele é e sacraliza os fantasmas que convivo

Para na aptidão do que não sirvo, eu veja tudo que meu sonho quer!

Não leio cartilhas morais e nem pertenço ao coral transgressor

Posso chorar de alegria ou sorrir de dor, posso beber minha própria sede

Sei o drama do peixe e o riso da rede, só não sei como ser quem não sou

E se fico ou se vou, não me dou pelo assédio do flerte!

Não tenho compromisso com o silêncio omisso

Bate-me em vão esse leviano feitiço, lacro-me de alquímica tranca

Minha passada não é manca e minha santa ignorância sabe disso

Minha bandeira não tem nome por isso, apesar de ter cor, que é branca!

Não é discurso ideológico, não é política do bem ou afã ativista

Não sou mais uma voz pacifista e nem embaixador da tal religião

Eu sou apenas a aproximação do que a presente geração já não avista

Sem fracasso e sem conquista, escravo de minha própria libertação!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 12/11/2009
Reeditado em 01/03/2013
Código do texto: T1919804
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