Tempo
Intangível medida aliada
Por vezes cruel disciplina,
Teu dedo é que molda a estrada
Errante em que a vida caminha.
Panacéia inutilizada
Das mágoas: genérica morfina
Misteriosa é tua charada
Que, paulatina, se descortina.
É bênção de Deus o teu tempo
Utiliza-o pra construir
E não seja apenas lamento
De um futuro que advir.
Meus versos aqui eu termino
Qual vida que um dia se finda
Conciso e pequeno destino
Faz do tempo seu homicida.
Em parceria com meu amigo Filipe, esta poesia foi sobretudo inspirada no texto "Tempo: meu vilão, meu herói" lido no blog, acesse:
Http:\\avozdofilipe.blogspot.com
Em parceria também com Heliodoro Morais, Obrigado poeta!
O tempo passa depressa
Sem nos dar mais um segundo
E faz da vida uma peça
De sofrimento profundo
E a morte vem na surdina
Quando se fecha a cortina
Da peça do fim do mundo.