Não mais eu mesmo

Não mais mentiras
Não mais desilusões
Não mais rejeições
Não mais volúpia
Não mais palavras massivas e atos insanos
Não mais a minha cara na luz
Não mais a minha voz doce com você
Não mais minhas opiniões pessoais sobre você
Não mais essa vida dúbia
Não mais eu mesmo
não mais a todo mundo

você se cansa de toda aquela falsidade
e mal sabem eles o quão sujo esta os seus sapatos
que eles pisam em fezes e após isso saem espalhando tudo por ai
que eles não são mais do que qualquer outro
mas que as vida lhes impõe regras tão intensas
que você é obrigado a fugir deles a toda a hora

não sei qual de nos caminha assim tão errado
não sei qual de nós tem as piores opiniões
não sei qual de nos é tão desonesto consigo mesmo
não sei qual de nós que viaja tanto nessa falsa realidade
não sei qual de nós é assim capaz de ser obediente a si mesmo
e em sua mente interior

teu lápis não tem a mesma cor do meu
tua cara não é como a minha
minha vida se resume a ver teus erros
e você a cada dia que passa só piora
me desculpe mas não quero estar com você nessa sua densa selva negra
se você é assim tão hipócrita que despreza o prato que comeu
cuidado, vai se engasgar feio com os demais do futuro

reações humanas são tão diversas e dispersas
as vezes ate eu caio em muitas delas
um dia iria ter que te contar isso
mas beijei quem não devia beijar
coloquei álcool em algo tão sagrado como meu corpo

vi mais uma vez que não vale de nada mesmo ter esse pesadelo sob as pernas
vi que não é de todo macio esse nosso chão
vi que nem sempre posso ter bênçãos
se em caso de perda eu me contradigo
se em caso de amor eu me deixo levar
se em caso de vaidade eu me deixo exaurir a mim mesmo

só peço a alguém por ai que me de a placa dessa estrada
e em caso de não poder
me empreste caneta e papelão
quero escrever na beira da estrada para onde devo ir....
Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 09/07/2006
Código do texto: T190850