Desinência

Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Vera&Poesia®

No retiro existencial mais derradeiro,

Sem véu que empertigue nem cegue o discernimento,

Ao encalço de nós declamará o mensageiro:

- Ficamos íntegros no retrato verdadeiro!

Então, que não me suguem as forças os lamentos,

Que não me tenham as traças em alimento.

Na paixão que beija e sopra em extrato o sentimento,

Que eu me desenhe livre na linha do meu tempo!

Ancorados ao azulado céu do pensamento

Há alívio quando aceitamos o lenimento,

E quando se evola o enlace de um integro momento,

Inteiros, somos mais mesmo que em pequenos templos.

Que se veja um pouco mais da alegria, da paz e do amor,

Em prumo e rumo, que se delegue a crueza ao estertor,

Que nas mãos dos ventos nos sentemos insistentes e libertos;

Façamo-nos voos de leves plumas ao pleno interior, abertos!

Sigo o instante, neste hiato, levando-o ao jeito,

Dele o meu, enquanto em mãos o tenho claro,

Penso que o tenha, é claro, e quando vejo

Já está longe, e é tão próximo ao fim do meu relato.

Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Vera&Poesia®

Em 04 de outubro de 2009.

Direitos autorais reservados

---

Registrado

Véra Maggioni

Véra Maggioni
Enviado por Véra Maggioni em 27/10/2009
Reeditado em 13/02/2016
Código do texto: T1890748
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.