ESPELHOS

Não sei quem inventou espelhos...

Quem os descobriu... Talvez...

em águas tranquilas de um lago,

na vaidade humana desvairada,

em alquimias de Narciso!

Foi bom acontecer... Sei não!

Aé já gostei deles no passado...

Hoje não tanto!

Amanhã, com toda certeza, não os quero mais...

Nem de perto... Nem de longe!

Cada vez mais dou preferência à imaginação,

sonhos, insanos desejos, voltas ao passado!

Dirão que enlouqueci... que sou covarde...

que não aceito esse passar da idade...

Importa não!

Desprezo a cumplicidade de um espelho

pra magoar meu coração...

Quero tão só meus pensamentos...

Eles conhecem minhas ilusões!

Yeda Araujo Pereira
Enviado por Yeda Araujo Pereira em 22/10/2009
Código do texto: T1880733
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