Cristal luzente
Oh... Flor imanente
Apesar dos espinhos
E de alguns visinhos
O seu suave perfume
De odor constante
Não me deixa sozinho
Já é o seu costume,
E me sinto confiante.
Oh... Magia sentida
Que ilumina a vida.
Oh... Cristal luzente,
Como é bom ser transparente.
É alumiar a própria jornada.
Olhando ao céu de anil,
Procurando o bom perfil,
Perfilado aos seres viventes
Neste plano inocente e varonil.
Pois, é a única estrada
A ser por nós palmilhada.
Varão aperfeiçoado à luta
Ou bela e formosa varoa,
Ou desajeitada, quiçá, rejeitada,
Porém, referta de boa conduta.
Por dentro, que ótima pessoa!
Neste singelo planeta azul,
Às vezes de força bruta,
Com muito verde ainda,
A se notar de Norte a Sul.
Antes da morte-finda.
A todos recruta.
Reluzente luz da vida.
Apenas dois pontos vivos,
Estes são você e eu,
Ávidos em saber o que deu,
Ou o que já aconteceu.
No misterioso plano astral.
Vidas vêm, e vidas vão
Pelos vãos dos dedos.
Vida enrolada ou normal
Dentro do maior segredo,
À procura do nada absoluto,
Neste velho e vão degredo.
Vida-alegria e luta-luto.
Porém, convém saber do agora,
Apesar do momento, haja aurora,
Pois, só sei que nada sei.
Eis o verbo qual devo conjugar
Ao giro desta vida a girar,
Saber e não saber,
Ser e não ser...
Não devo parar.
É cumprir o meu dever,
Inteligência-estupidez.
Vida terrena, vida animal,
Lua-Sol, açúcar-sal.
Saber do bem, e também do mal.
Porém, não deve me assustar,
Esta é a escola de bilhares e bilhares
Na qual sempre devo me assuntar.
Seres sentados em bancos escolares,
A descolarem ensinamentos eternos,
E, a serem usados em tempos etéreos,
Quais somente a eternidade pode conceber
A essa escola na qual vim para aprender.
Oh... Magia presente e luzente
Do mais puro cristal transparente.
Como é bom viver as vidas
Cercadas de bons amigos
E queridos parentes.