Eis-me aqui, de novo
Sonhos estranhos
Com coisas estranhas
Nada tão leve que não pese
Nas entranhas
Todo silêncio é mudo
Toda solidão é solitária
Toda escuridão é escura
Toda distância é distante
Toda saudade dói
E tudo é tão estranho
Roçar o chão
Nenhum vôo
Rastejo
E num lampejo
Nunca sei onde vou
Eis-me aqui
Devorando papel em folhas
Quebrando o dedo em teclas
Cuspindo palavras malditas
À mercê dos pensamentos
Essa estúpida e ideal
Visão do mundo
E de todas as suas coisas
Coisas estranhas
Amar
Saudade
E distâncias
E mais estranho
A absurda e injustificável
Espera