Eis-me aqui, de novo
Sonhos estranhos
Com coisas estranhas
Nada tão leve que não pese
Nas entranhas

Todo silêncio é mudo
Toda solidão é solitária
Toda escuridão é escura
Toda distância é distante
Toda saudade dói
E tudo é tão estranho

Roçar o chão
Nenhum vôo
Rastejo
E num lampejo
Nunca sei onde vou

Eis-me aqui
Devorando papel
em folhas
Quebrando
o dedo
em teclas
Cuspindo
palavras malditas
À mercê dos pensamentos
Essa estúpida e ideal
Visão do mundo
E de todas as suas coisas

Coisas estranhas
Amar
Saudade
E distâncias
E mais estranho
A absurda e injustificável
Espera

Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 14/10/2009
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T1864887
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