Ópio*

Suculentos são os gomos
As palavras em raízes e cor
Fatias atemporais
Sinto na língua
O ópio desses íntimos laranjais.
A minha pena tinge-se
Perfumada das texturas
Dos versos eclodindo
Tremendo mitos indistintos.
É saboroso o roçar
Entrenó loquaz
Mente e imo
Renovo das hastes
Carregadas, colorindo laranjais.
Corto versos em gomos
Extraído sumos
As poesias vertendo sem tino
Apenas lira
Como a laranja
Que tem gomos de tempos
Espetaculares.

Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 12/10/2009
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