Colapso
Domina-me o coração incontrolável ira!
O desespero lança-me em inútil empreitada...
Busca de cura para esta alma amargurada!
E o corpo vai ciente de que nem em uma era,
Encontraria algo que vedasse a evidente ferida.
Então, até o mais belo dos sonhos se degenera...
Em quem confiar se o que se nominou amigo
Foi o tal arauto desta deplorável melancolia?
Arrancou-me a visão do meu amor, e logo digo:
Maldito! Para mim já não possui nenhuma valia!
Tão valorosa aspiração, agora olvidada!
Fruto de atitudes tomadas pela imaturidade...
Ah! Como corrói tal malignidade inoculada!
Desejo muito não perder minha sanidade.
Agora, vai! Retira-me de tua memória.
Porque só assim encontrarei concórdia!
Só assim domarei a dor excruciante...
Que me toma a cada instante...
Que está ao lado dele.