Persona non Grata

Persona non Grata

Carrego no alforje a impressão

De que a mente solta, a esmo

Comete um crime inumano – nos apresenta a nós mesmos.

Dá-nos plena consciência

E haja santa paciência:

Diante da hipocrisia – não me contenho – esperneio.

Pego a sela da sanidade – cavalgo no aperreio.

Uma voz me fala, surgindo da escuridão.

-Menino! Tome tenência;

Não te enganes. É tudo pura Ilusão.

Tu estás irremediavelmente só.

Não tentes desatar tal nó.

Pagas muito caro o preço de ser diferente.

Seja conivente. Pois encarar as questões de frente

Não é bem visto pela multidão.

Os obstáculos postos a minha frente, de início causam-me apreensão, mas, depois de respirar fundo, deixo que a energia dentro de mim tome emprestada a sabedoria das águas de um rio, quando represado: à maneira dele, calmamente espero o momento de retomar o caminho que me leva, de forma inexorável, até o mar.

Vale do Paraíba, Manha de Quarta-Feira (Véspera de Natal) Dezembro de 2008

João Bosco (Aprendiz de poeta)

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 09/10/2009
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