Persona non Grata
Persona non Grata
Carrego no alforje a impressão
De que a mente solta, a esmo
Comete um crime inumano – nos apresenta a nós mesmos.
Dá-nos plena consciência
E haja santa paciência:
Diante da hipocrisia – não me contenho – esperneio.
Pego a sela da sanidade – cavalgo no aperreio.
Uma voz me fala, surgindo da escuridão.
-Menino! Tome tenência;
Não te enganes. É tudo pura Ilusão.
Tu estás irremediavelmente só.
Não tentes desatar tal nó.
Pagas muito caro o preço de ser diferente.
Seja conivente. Pois encarar as questões de frente
Não é bem visto pela multidão.
Os obstáculos postos a minha frente, de início causam-me apreensão, mas, depois de respirar fundo, deixo que a energia dentro de mim tome emprestada a sabedoria das águas de um rio, quando represado: à maneira dele, calmamente espero o momento de retomar o caminho que me leva, de forma inexorável, até o mar.
Vale do Paraíba, Manha de Quarta-Feira (Véspera de Natal) Dezembro de 2008
João Bosco (Aprendiz de poeta)