Viver é Mais

Preciso aprender a me calar.

Acho que ainda me prejudico com o falar...

Tenho que me abster

A escrever.

Penso muito diferente da maioria

Não existe qualquer possibilidade de empatia.

Como já disse tantas vezes, desprezo o estabelecido.

Prefiro-me esquecido,

Quieto no meu canto,

Administrando o espanto.

Quando resolvo abrir a boca,

A audiência olha atônita.

Se insisto, gero discussão

E eu não quero confusão.

Sou da paz.

Acredito que a vida é muito mais

Do que acham,

Dos que se acham.

Observando a atitude dos irmãos,

Fiquei imune à material ambição.

Também não tenho mais pretensões espiritualistas.

O viver bem é a maior conquista.

Mantendo esticada a corda,

O presente é o que importa.

É onde está a única possibilidade

De gerar tranquilidade.

Acho o comportamento humano abusivo.

Abomino todos os sistemas políticos,

Todas as manipulações,

Todas as fardas,

Todas as segregações...

Tantas farpas!

Meu espírito não se prende.

Ao banal não se rende.

Minha bandeira é a alegria!

Minha fronteira é a poesia

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 08/10/2009
Reeditado em 08/10/2009
Código do texto: T1854387