Se...
Se o amor é assim, se é o absoluto diálogo que soletras aos meus ouvidos,
Palavras ásperas de artigos não lidos, teu soneto de amargo epílogo.
Se, é sentimento farto, porém escondido, que se desvia para não ser percebido,
Que se guarda para não se esvair, que se mata para não fluir desprendido.
Se, é a mágoa do que ficou e a insônia de quem partiu, uma árvore que brotou, cresceu mas não floriu.
Que seja portanto o fim, o que há de mais lindo, já que o enquanto
Resumiu-se a dor e pranto.
Já que sem mais o encanto vai se suprimindo, e o que antes sorria estonteante,
Hoje só chora nas faces de outrora.