LEVEZA

Torpor na brisa leve que balança

Em sacudidelas intermitentes.

Na alegria sonambúlica

Pairam os espíritos.

Bamboleando entre coqueirais,

Sobre folhas de palmeiras.

Esgueiram-se mais e mais,

Correndo para a liberdade

Fugidia da saudade.

Amargando amar a matéria.

Foi-se o tempo, ancestrais.

Livre agora como o vento.

Muitos atrás de novas carapaças,

Nos breus e caracóis do mar.

Nas areias movediças.

Destinos nostálgicos,

Celestiais.

Tempo de infância já passei.

Hoje, adulto-infantil, procuro envelhecer.

Lembranças de embarcações à vela,

Na veleidade dos ventos.

Tempos, modernos inventos.

Velarei sempre em sentinela poética!

Mananciais.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 28/09/2009
Código do texto: T1835893
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