LEVEZA
Torpor na brisa leve que balança
Em sacudidelas intermitentes.
Na alegria sonambúlica
Pairam os espíritos.
Bamboleando entre coqueirais,
Sobre folhas de palmeiras.
Esgueiram-se mais e mais,
Correndo para a liberdade
Fugidia da saudade.
Amargando amar a matéria.
Foi-se o tempo, ancestrais.
Livre agora como o vento.
Muitos atrás de novas carapaças,
Nos breus e caracóis do mar.
Nas areias movediças.
Destinos nostálgicos,
Celestiais.
Tempo de infância já passei.
Hoje, adulto-infantil, procuro envelhecer.
Lembranças de embarcações à vela,
Na veleidade dos ventos.
Tempos, modernos inventos.
Velarei sempre em sentinela poética!
Mananciais.