Dicotomia

Desconfio da fiança,

Do braço que abraça.

Quando falo em dinheiro,

Meu velho companheiro.

Luto o ano inteiro

Pensando na abastança

E no leite das crianças,

Viro-me ao travesseiro

Desmanchando minhas tranças.

Penso como adulto

E ajo como criança.

Quando caio da balança

Levanto-me sobranceiro.

Luto por herança aguerrida

Tangendo minha espada querida

Com brilho de guerreiro.

Pois, esta vida não me mata.

Até por que vida é vida.

Às vezes boa, outras, doída.

Ora agitada, ora pacata.

Há momentos de descanso,

Outros, de intenso avanço.

Vida firme, vida falha.

Porém, quando está muito difícil,

Vou sonhar mais um pouco,

Pois, “sonhar é viver”.

E, posso até ganhar mais uns trocos.

E, jamais esmaecer

Por quimera bobagem.

Minha conquista

Dá-se pelo amor à coragem.

Pois, medrar é não amar

É entregar-se à tristeza

Longe de terra à vista.

Fé, amor e paz

São a verdadeira conquista,

Do cristão, islamita ou budista,

Afinal somos todos irmãos,

Filhos de Deus, God, Alá

Javé, Jesus, Buda, ou Jeová.

Se Deus é amor,

Amemo-Lo com ardor.

Amar é sublimar a paz!

jbcampos
Enviado por jbcampos em 24/09/2009
Código do texto: T1828743
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