Bichos da terra
Podre por dentro, e por fora,
Larvas que brigam, pelo ultimo liquido,
A ponto de se destruírem por isso,
Tão podres por dentro, que já não são capazes de germinar,
De florescer, muito menos de viver,
Pois a vida que antes floria
Já se esvai com o crescimento das larvas,
Que se espalham infinitamente,
Os verdadeiros bichos da terra.
Por fora, as larvas se multiplicam de forma inexplicável,
A superfície plantou fungos no interior,
Eles espalharam se, invadindo todo o interior,
E já começam a invadir a superfície,
Deixando as larvas enlouquecidas, furiosas,
A ponto de começarem a se destruir,
Matando umas as outras,
Os que sobreviverem a essa guerra,
Continuaram a luta por um lugar na superfície,
Larvas “bichos da terra”,
Inteligentes, fortes, intolerantes, cegos,
Cegos a tal ponto, de cometerem burrices,
Burros, é o que eles se tornaram!
Lutam por um lugar, e não conseguem perceber que,
Ao fazer isso estão destruindo esse próprio lugar.
A terra vira de um lado para o outro,
E ao mesmo tempo ferve, tentando respirar, sobreviver,
Mas as larvas “bichos da terra”, “humanos”,
As destroem a cada instante,
Com o pensamento de que estão sobrevivendo.
“No entanto, somos os piores “bichos da terra”, por que os piores, são aqueles capazes de “sobreviver”, veja até que ponto, a ignorância nos cega”.
Daiane Garcia*eumesma
14 de outubro de 2008