Indecência
Tudo tem limite, inclusive a insensibilidade!
Existe algo pior do que um homem que chega à maturidade,
Sem qualquer noção de si mesmo,
Cometendo os mais improváveis erros?
Como é que pode alguém envelhecer,
E agir com os mesmos conflitos do adolescer,
Com um discurso todo contraditório,
Feito alma perdida no purgatório?
O que faria um cidadão
Enveredar-se pela sabedoria oriental por alguns anos,
E depois sair por aí promovendo desenganos,
Mascarando vergonhosamente o próprio coração?
Não consigo entender quem prega espiritualidade,
Estando naufragado completamente na materialidade.
Pior ainda, quando a criatura autodefine-se como professor...
Só se for do latente pavor!
De viver,
De crescer,
De ver a verdade,
De ser de verdade!
Claro que esse sujeito não tem espelho,
Por isso se arvora a distribuir conselhos...
Pura verborragia!
Frases feitas, clichês baratos desprovidos de ardentia.
O tipo de ego em questão
É um perigo para a população,
Porque completamente desprovido de noção,
Passa por cima das pessoas feito um furacão.
Ele se vê como um homem bom,
Da espécie que não perde o tom...
Claro que não! Nunca o encontrou...
E não encontrou, porque nunca AMOU!
Sua falsa personalidade
Forjada por um temperamento doentio,
Não lhe permite ser sadio.
Sua postura é uma calamidade,
De tão frágil,
De tão inábil!
Usa a inteligência contra si próprio.
Conquistar e reduzir a pó: é seu ópio.
É muito triste ver uma mente que se perdeu.
Um céu que tinha tudo para brilhar, mas escureceu!