Indecência

Tudo tem limite, inclusive a insensibilidade!

Existe algo pior do que um homem que chega à maturidade,

Sem qualquer noção de si mesmo,

Cometendo os mais improváveis erros?

Como é que pode alguém envelhecer,

E agir com os mesmos conflitos do adolescer,

Com um discurso todo contraditório,

Feito alma perdida no purgatório?

O que faria um cidadão

Enveredar-se pela sabedoria oriental por alguns anos,

E depois sair por aí promovendo desenganos,

Mascarando vergonhosamente o próprio coração?

Não consigo entender quem prega espiritualidade,

Estando naufragado completamente na materialidade.

Pior ainda, quando a criatura autodefine-se como professor...

Só se for do latente pavor!

De viver,

De crescer,

De ver a verdade,

De ser de verdade!

Claro que esse sujeito não tem espelho,

Por isso se arvora a distribuir conselhos...

Pura verborragia!

Frases feitas, clichês baratos desprovidos de ardentia.

O tipo de ego em questão

É um perigo para a população,

Porque completamente desprovido de noção,

Passa por cima das pessoas feito um furacão.

Ele se vê como um homem bom,

Da espécie que não perde o tom...

Claro que não! Nunca o encontrou...

E não encontrou, porque nunca AMOU!

Sua falsa personalidade

Forjada por um temperamento doentio,

Não lhe permite ser sadio.

Sua postura é uma calamidade,

De tão frágil,

De tão inábil!

Usa a inteligência contra si próprio.

Conquistar e reduzir a pó: é seu ópio.

É muito triste ver uma mente que se perdeu.

Um céu que tinha tudo para brilhar, mas escureceu!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 19/09/2009
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