Plena essência
Sou um ínfimo ponto no universo.
Tal qual uma semente a germinar,
De pequena faz-se a minha dor,
E a alegria também nasce em flor.
E vão as duas convivendo...
Numa simbiose que me faz desconhecer.
Quando, sentida, surge a lágrima,
Dando provas de um inquieto coração.
Sou a busca da essência,
Num caminho escuro e frio,
Que se faz luz, sem explicação,
Suave brisa que do nada surge.
E essa luz me aquece e acalma,
Sem precisar muito entender,
da verdade extrema e primeira,
De onde surge sem meu existir.
Sou alguém que consegue experimentar
Felicidade momentânea e breve
Mas de tal forma genuína
Que raízes finca no terreno de minha alma.
Doce encontro comigo mesma,
Faz-me saber que alegria plena,
Jamais poderá existir,
Enquanto no mundo, há alguém a sofrer.