Encerrando a Experiência

Nossa! Começo a perceber que aprendi muito nessa cidade.

Quero deixar registrado que não foi por curiosidade.

Cheguei aqui em busca da famosa paz praieira...

Não estava em meus planos, rolar tantas vezes a ribanceira!

Queria ficar quieto, apreciando a natureza preguiçosamente,

Placidamente...

Bem! Não foi exatamente isso o que ocorreu.

O que aconteceu?

Da preguiça,

Perdi a pista.

Nunca trabalhei tanto em minha vida.

Da fortuna não tenho notícia.

Muito pelo contrário, estou até, um pouco endividado.

Sob alguns egocêntricos aspectos frustrado!

Por outro lado,

Tudo tem dois lados,

No avesso da falência material,

Está o incontestável crescimento pessoal.

Costumo dizer que vivi várias encarnações em doze anos;

Colecionei desenganos,

Mas os planos amadureceram,

Não desapareceram.

Ganharam assinatura,

Voltaram-se todos para a altura.

Depuraram-se,

Purificaram-se,

Ganharam forma,

Esticaram a corda.

Essa paisagem pleonasticamente inspiradora,

Poderia até mesmo dizer avassaladora,

Espremeu minha alma, até revelar a poesia,

Minha ardentia...

O que me mantém em pé,

Acima da fé.

O que me faz querer crescer,

Para melhor escrever.

O que me faz escrever,

Para melhor crescer.

Aqui conheci o amor incondicional,

Com ele, o espaço sideral!

Creio ter ultrapassado a meta,

Agora estou disponível à seta.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 10/09/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1802188