Chuva
Cai limpinha na paisagem, o cenário é frio e molhado,
Transformando com cuidado, tudo, à sua passagem.
É a chuva de setembro, de outubro, de novembro,
A chuva de todos os tempos, desde os tempos que me lembro...
Nem sempre suave, nem sempre fria, nem sempre forte com ventania.
Mutante espécie de água, água com alma, água viva!
Hora trazendo bonança, noutra ruidosa e destrutiva.
Desesperando e esperançando em ordem irrespectiva.
Caia! Água compulsória de lacrimosa nuvem sombria,
Faça chorar o céu, dia e noite, noite e dia.
Castigue os olhos ingratos que não veem no arrebol,
A beleza estonteante dos passáros dançando sob sol!