Íntimo
Não sei ao certo, em que momento aconteceu,
Como foi que se deu:
Estou submerso em lirismo,
Amparado pelo seu protecionismo,
De uma forma avassaladora,
Esmagadora
E, plenamente redentora!
Um fato irreversível!
Meu único combustível...
Muito mais que uma simples união:
É uma incontestável fusão...
Não existem mais fronteiras
Feito brincadeira,
Deitei-me em sua esteira!
Minha identidade está impregnada de sua presença:
Em cada uma das sentenças,
Em cada um dos pensamentos,
Em todos os pavimentos...
Sacrossanta túnica,
Paisagem única,
Paixão súbita!
O alçapão
Da prisão.
Entrada particular
Para o mais puro ar...
Um jeito especial de perceber
De enaltecer
O viver!
Onde a fantasia é permitida,
Por ser mais íntima da Vida.
A verdadeira!
A derradeira!
Aquela que desacata
E ao desacatar
Arrebata!
Música invisível,
Poeira tangível.
Suspiro que arrepia,
Suor que assedia...
Espuma volante,
Espasmo constante,
Magia incessante!
Todas as flores da estrada,
A mais clara alvorada,
O vôo sobre o mar!
Indelével perfumar...
O lirismo é a minha canção.
O ritmo da pulsação.
É a melodia da respiração!