JUSTIÇA
Cai a água sobre a rocha
E tini como o metal
O som tíbio da cascata
E ecoa pela mata
Pensamentos de escol
Inserindo sabedoria
Ao leito do igarapé
Tornando-o escolado
Escoando pelo curso
A ignorância
Da marginalidade
Surge uma harmonia
Entre sons e quedas d’água
Tornando magnífico o arvoredo
Que circunda a margem
Mostrando que há supremacia.
Flutuando na superfície
Um cadáver afogado
Decompondo-se ao ar livre
Certamente renegado.
Sofreu a dor do arrependimento
E sentiu na pele a justiça
Ele havia renunciado a natureza
E assassinava-a com sua tecnologia.