O OLHAR
Sempre dizemos não termos tempo
e o tempo nos leva numa velocidade
e a tantos lugares que eu nem lembro.
E neste tempo corrido onde as palavras
emudeceram, os olhares vão se perdendo.
Olho no espelho e procuro por mim
pergunto em silêncio se eu estou ali.
Observo atentamente e vejo surgir os sinais
das noites sem sono e cheias de planos,
de um tempo que se foi e não volta mais.
Sento à mesa e vejo filho, marido comendo
Conversam, sorriem, falam amenidades
E eu ali servindo, cuidando... Os olhando
Nem percebem que ali tem mais que um jantar
E eu os olho, mais uma vez, sem nada falar
Esperando de volta... O olhar
Iza Mota
Recife-PE
Sempre dizemos não termos tempo
e o tempo nos leva numa velocidade
e a tantos lugares que eu nem lembro.
E neste tempo corrido onde as palavras
emudeceram, os olhares vão se perdendo.
Olho no espelho e procuro por mim
pergunto em silêncio se eu estou ali.
Observo atentamente e vejo surgir os sinais
das noites sem sono e cheias de planos,
de um tempo que se foi e não volta mais.
Sento à mesa e vejo filho, marido comendo
Conversam, sorriem, falam amenidades
E eu ali servindo, cuidando... Os olhando
Nem percebem que ali tem mais que um jantar
E eu os olho, mais uma vez, sem nada falar
Esperando de volta... O olhar
Iza Mota
Recife-PE