Nas mãos do poeta

Nas mãos do poeta nasce a vida,

Nasce o sol, a chuva, o vento.

Também nasce a penha erguida,

Nasce brio, amor, acalento.

Nas mãos do poeta nasce o verso.

Nascem outonos, verões, primaveras.

Nascem guerras, paz, universo,

Fantasias, amores, quimeras.

Nas mãos do poeta tem brilho,

Nasce graça sem jaça e dor.

Também nasce canção, estribillho,

Nasce o ódio, o pranto, o rancor.

Nas mãos do poeta nasce o dia,

Nasce a noite, a constelação.

Nasce muita e muita alegria,

Fascínios e vil depressão.

Nasce alguém indo e vindo,

Nascem os cumes, as metas.

E tudo repousa dormindo,

Nas mágicas mãos do poeta.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 28/08/2009
Reeditado em 17/09/2022
Código do texto: T1778818
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