Inspirações de um poeta
O poeta coloca o punho firme
Sobre o papel em branco
Em mais uma noite de labuta
Na busca da inspiração perfeita
Falaria ele das manhãs
Das noites e dias faceiros
Ou apenas de palavras vãs
Escritas por uma caneta tinteiro
Decifrará o ser humano
Ou a mulher de rara beleza
Ou mesmo um suburbano
Falando da natureza
Será que o poeta verá a verdade
No fundo de um copo cristalino
A reter gotas de vaidade
De sua inteligência cretina
Decifrar descobrir descrever
É ser óbvio e inane
Como nascer ou morrer
Ou ter-se por nobre ou infame
E tudo que o poeta disser
Fora igualmente dito antes
Mas se se cala está a fazer
O ofício dos ignorantes