(É só uma poesia...ainda estou viva)

Eu silencio minha dor

Nesse momento sem par

E deixo de herança o amor

A quem arriscar-se a amar

Vou embora como quem sabe

Que todo caminho é feito de luz

Levo da Terra o que me cabe

Deixo ao mundo o que a ele seduz

Não levem flores, imploro!

Que as flores são de Deus

Levem a certeza de que ainda choro

Pelos erros e desgostos meus

Uma lágrima triste escorre

Do meu rosto perispiritual

Dêem perdão a esta que morre

E eu perdôo a quem me fez mal

Talvez sejam outros os versos

Misturados de sentimentos

Que possam em mim estar imersos

Esperando aquele momento...

Por ora, me sinto abstrata

Não quero ir nem quero ficar

A vida é boa...mas maltrata

E um dia ela pode mudar

O amanhã é desconhecido

A própria existência me diz

Hoje posso estar triste

Mas nunca serei infeliz!

Não importa o que se faça

Toda dor, um dia, hiberna

E a morte é só uma porta

Que se abre para a vida eterna

Mira Dias
Enviado por Mira Dias em 27/08/2009
Código do texto: T1777074
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