(É só uma poesia...ainda estou viva)
Eu silencio minha dor
Nesse momento sem par
E deixo de herança o amor
A quem arriscar-se a amar
Vou embora como quem sabe
Que todo caminho é feito de luz
Levo da Terra o que me cabe
Deixo ao mundo o que a ele seduz
Não levem flores, imploro!
Que as flores são de Deus
Levem a certeza de que ainda choro
Pelos erros e desgostos meus
Uma lágrima triste escorre
Do meu rosto perispiritual
Dêem perdão a esta que morre
E eu perdôo a quem me fez mal
Talvez sejam outros os versos
Misturados de sentimentos
Que possam em mim estar imersos
Esperando aquele momento...
Por ora, me sinto abstrata
Não quero ir nem quero ficar
A vida é boa...mas maltrata
E um dia ela pode mudar
O amanhã é desconhecido
A própria existência me diz
Hoje posso estar triste
Mas nunca serei infeliz!
Não importa o que se faça
Toda dor, um dia, hiberna
E a morte é só uma porta
Que se abre para a vida eterna