Cavalgando Furacões

O que espero agora, aos cinquenta anos?

Desintegrar os desenganos.

Quero acomodar em seu devido lugar, o meu passado.

Quero que ele seja definitivamente, um assunto encerrado.

Estou iniciando uma guinada.

Parar? Paro por nada.

Basta de andar em círculos,

De acreditar em “híbridos”...

Do tanto que me aconteceu, não saí ileso,

Mas não me sinto preso.

Aprendi a assimilar a dor.

Mantenho em transformação o ardor.

Estou em cima da hora

De perpetuar essa reviravolta.

Começo a sentir o sabor

De dominar o próprio instinto.

O tufão que sinto,

Não me causa mais temor.

Estou guiando as arrebatadoras emoções,

Por sobre os furacões.

Sempre, sempre quis o bem geral.

Nesse sentido tudo continuará igual.

Zelo com todo o carinho, o chão,

Para que acolha cada um dos irmãos,

Sem qualquer discriminação,

Nem exceção.

Mantenho cada vez mais, estendidas as mãos,

Como numa permanente saudação.

Estou escancaradamente aberto.

Não discuto mais com o que é certo.

Tento caminhar reto,

Sobre o incerto.

Já vi de tudo:

Assustei-me,

Regozijei-me.

Dezenas de vezes, morri...

Em todas elas, ressuscitei e segui!

Criei o meu mundo.

Não faria tudo igual.

Quero o novo, do real,

O que ainda não vi

Nem percebi.

Quero intuir

E só subir.

.

Disposição não me falta.

A maior característica de minha vida,

Afortunadamente criativa,

É ser Alta.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 27/08/2009
Reeditado em 27/08/2009
Código do texto: T1776998