Artista e Alma
Só o artista pode fugir do tempo
Só ele é capaz de escrever o que quer que seja
Sem medo de críticas
Sem papas na língua
Ele consegue sim entrar e sair
Consegue andar na contramão
Para o artista não existe limite
Não existe o perto, nem o longe
Existe o horizonte
Uma Infinidade nata de inspiração
Ele não busca
O encontram
Nasce então uma obra de arte
Ainda desconhecida
E como recém nascida
Encanta a todos
Recebe mimos
A cada obra um pouco de si
E o artista persiste em fugir
Do óbvio, do tempo, do certo
Só ele é capaz de errar a escrita
E acertar na rima
A cada obra gotas de alma
Esta alma que alimenta
Cada obra nascida
Se mistura no tempo do artista
Que não existe
E o conduz a ser descoberto
Como que um caso de amor
Não existe um sem o outro
Artista e alma
Uma eternidade de encontros
Natália Lima – 20/08/09