MEUS VERSOS

MEUS VERSOSEditar

Transpiram meus versos como se fossem gotas cristalinas,

Escorrendo de forma macia até o clímax da minha inspiração.

Deslizam por florestas selvagens as margens dos rios límpidos,

Desviam-se de abismos, precipícios, vales encantados,

Ora alusivos e nocivos a singela paz do meu coração.

Debatem-se vorazes, sedentos da liberdade que lhes foi arrancada,

Como se fosse crime serem livres, desregrados, incontidos e desleais.

Anseiam por seus espaços tolhidos por compromissos e cerimônias,

Clamam serem ouvidos, criticados, admirados, inesquecíveis enquanto vivos,

Desejam seus gritos eternos, infindos, suaves, precisos em seus instintos naturais.

Transbordam de minha alma e sobrecarregada de amor,

Lançam-se ao vento, ao tempo, firmes e decididos.

Não viverão contidos, aprisionados em corações amargos e infelizes,

Explodirão em pequenos fragmentos multiformes,

São acordes transformando as canções dos poetas atrevidos...