Doces palavras vindas
Gosto do som do papel sendo amassado
Da água caindo da cachoeira para o riacho
Sem qualquer sintonia entre os dois
Eu tento entender o que eles tem haver depois
Ouço a maçã ser mastigada
E ela sendo colocada sobre a mesa sem ter sido finalizada
Mesmo ela apodrecendo ali
Preciso descobrir por que ela não fora colocada aqui
Discreto como um pato no lago
Durmo com o meu travesseiro de lado
Minha coluna já não o mais aceita
E chora quando minha nele deita
Nunca fiz nada que tivesse bastante orgulho
A não ser aquela primeira vez que dei um mergulho
E meu pai ficou feliz da minha façanha
Contudo, hoje a gordura me mata entre as entranhas
Hoje ou amanhã vou correndo para os braços de alguém
E talvez com ela eu tenha um neném
De quem irei me orgulhar por escrever sua história no papel
E pedindo para colocar em seu chá um pouco de mel