Libertação

Absortas em meus pensamentos

A razão e a luz estão a gemer

Desde outrora elas são acalentos

Deste poeta que não sabe bem ser

Em meio a reflexos confusos

De uma parede diáfana e plana

Sobre idéias coloco-me recluso

Questionar as regras mundanas

Não são versos claros

Tampouco carregam lucidez

Esquecidos das mentes preclaras

E de outras idas chora viuvez

O que foi dito desperdiçou-se

Quando fechou o livro ao vento

Mas o leitor não se aborreceu

Por um livro de pouco talento

Quando o pensador desvencilhou-se

Do que é plano e obtuso

Viu a si numa flutuação

Sem sentir o corpo recluso