poesia sem sentido...

Já fiz belas poesias

harmonizando minha alegria

mas, hoje, vi que nada escrevi

pois apenas agora, foi que me conheci,

Sou destas mulheres que pedem amor,

Tenho um jeito, de viver a dor

como quem não sabe o que é sofrer,

de todas as palavras que disse,

prosas, trovas, poesias

falei do homem e das boemias,

mas, não consegui me convencer

de que o amor é uma filosofia,

que a sua ciência, supera a descência

que o seu sentir, aumenta a resistência,

Já fiz poesias

lindas, melancólicas

mas, vi, que nunca soube entender

que ama e não se ama, pra valer,

que perde e se ganha sem merecer,

que transa, trança e tranca o silêncio,

que cada segundo, é cada momento,

já escrevi tanto e nada de mim

Já chorei, já amei, mas, não me decidi,

Sei que sou destas mulheres,

que as chamas não se apagam

que as ondas do ser, não me fazem ser

mais que sou...

Se sou leviana, se amo ou não amo

se quero amor, enquanto me engano

se sou liberal, ou mesmo normal

não sei, mas, sou destas mulheres

que querem saber, que tentam entender

mas, que nada sabe, que nada entende,

em matéria de amor, falo tanto de dor

mas, sou desejada,

sei que sou amada,

e que todos os dias amo,

e que todas as horas, não amo,

sei que sou confusa, polêmica,

sei que nada sei,

mas, sou destas mulheres,

que forjam a liberdade,

que enganam a descência

e desmoralizam a aparência,

isto, se preciso for,

Já fiz poesias, que falam

de beijos, suor e camas macias,

mas, sei sentir dor,

e entender ou não o amor,

se sou complicada

se sou tarada

se sou amada,

sou...

e falo de mim, porque sou assim,

ou não sou!

confundo o leitor, ao falar de amor,

confundo a mim mesma,

ao explicar a dor,

meu itinerário é mais complicado

ou mais rotulado

de casa pra escola, da escola pro trabalho,

e assim vou levando

conheço o enganador

e o cheio de amor,

ou talvez, nem sei se conheço,

porque ainda, não me conheci,

Já fiz poesias

a fim de ser lida,

mas, não foram lidas,

não sei o que sabem de mim

e as vezes, acho que não querem saber

e então, que eu me ferre,

que me dane, que me exploda

com minhas palavras vazias

com meus fundamentos sem princípios,

não sou tão jovem, nem tão velha,

nem tão linda, nem tão forte,

mas, sou destas mulheres,

em minha filosofia...

Del Dias
Enviado por Del Dias em 03/08/2009
Código do texto: T1734376
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